24 de mar. de 2010

Audiência Pública confirma a necessidade de debate

Fórum por outro Parque é impedido de ingressar no debate com faixas e cartazes

O Instituto de Informática recebeu ontem, dia 23, a primeira Audiência Pública sobre o Parque Tecnológico da UFRGS. A atividade foi fruto do acordo entre o Fórum por um projeto alternativo de Parque para a UFRGS e a Reitoria, após a mobilização do dia 5 de março. A Administração Central representada pelo vice-Reitor Ruy Oppermann, organizadora da atividade, mudou o formato da mesa quebrando o acordo que previa dois debatedores indicados pelo Conselho Universitário e dois pelas entidades interessadas.

O desequilíbrio foi evidente. A mediação esteve a cargo do professor José Vicente Tavares dos Santos. A proposta original do Parque foi defendida pelo Diretor do Instituto de Informática Flávio Wagner, a Secretária de Desenvolvimento Tecnológico Raquel Mauler e o vice-Diretor da Escola de Engenharia Carlos Eduardo Pereira.

Os professores da Faculdade de Economia Carlos Schmidt e Maria Alice Lahorgue fizeram o contraponto e apresentaram pontos fundamentais de uma proposta alternativa de Parque Tecnológico.

A ASSUFRGS, a ADUFRGS e o DCE fizeram uso da palavra. O representante do DCE (foto) foi bastante vaiado pela platéia, ao insinuar que os manifestantes de 5 de março portavam "armas".

O marco fundamental da Audiência foi a intensa participação. Estudantes, técnico-administrativos e professores lotaram as galerias do Auditório e participaram ativamente.


Cerca de 25 pessoas utilizaram a palavra e defenderam suas posições, permitindo uma maior abrangência da visão dos movimentos que conquistaram o debate, frente à composição antidemocrática da mesa.

Os traços fundamentais apresentados pelo Fórum por um projeto alternativo de Parque para a UFRGS foi a necessidade de se contemplar a participação de cooperativas populares, pequenas e médias empresas, o caráter público do conhecimento produzido pela Universidade, a missão social que a UFRGS possui para o desenvolvimento do Estado e do Brasil e a gestão democrática do Parque.

Foi ressaltado que o debate acerca do Parque tomou o espaço da discussão que deveria ser feita no Plano de Desenvolvimento Institucional, e a partir de então a localização do Parque Tecnológico seria mais compreensível dentro do plano estratégico da Universidade.

O maior constrangimento, entretanto, ficou por conta de nova intransigência da Chefia de Segurança da UFRGS. A ordem de impedir a entrada de faixas e cartazes indignou os estudantes. Foi registrada uma questão de ordem para que o mesmo não ocorra na Audiência Pública da semana que vem.
Fique atento: dia 31/03, quarta-feira, no Salão Nobre da Faculdade de Direito, a próxima Audiência Pública.

Fotos: German Alvarez

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